Bem antes do lançamento de Anthem of the Peacefull Army, os garotos da Greta Van Fleet já
estavam causando o maior furor no mainstream musical por alguns aspectos bastante
peculiares. De cara, posso citar a semelhança ao som que o Led Zeppelin fazia
como banda. Guitarras pesadas, bateria marcante e agressiva, baixo ora flutuando,
ora agredindo como uma cavalaria na hora da batalha, além dos vocais rasgados e
melódicos. Outra coisa bastante similar com a lendária banda britânica é a
idade precoce dos membros. Atualmente, o mais velho tem 22 anos. São garotos de
uma cidade pequena no interior do Estado americano de Michigan, que não ficaram
apenas no “curtir” Rock n´Roll. Eles meteram as mãos na massa e fizeram
acontecer!
O sonho deles teve início com a coleção de vinis do pai dos irmãos Kiszka. Nada mais
bonito! Lá eles encontraram grande parte das bandas clássicas como The Who, The
Rolling Stones, The Beatles e, obviamente, também o Led Zeppelin. Todo este DNA
musical ficou guardado na mente dos caras e, na minha opinião, é extremamente normal que os
mesmos utilizem o mesmo na hora de compor. A paixão pelos clássicos do Rock n´Roll
é latente e perceptível desde o primeiro riff que escutamos. A propósito, vale salientar, que o nível
de execução é bem superior ao da média. Notadamente, se compararmos a grande maioria das bandas que
surgem a todo instante. Josh (Vocalista), tem um tom natural que parece mais
uma mistura de Robert Plant e Geddy Lee, do que apenas com o vocalista do
Zeppelin como propagado aos quatro cantos do mundo.
Uma coisa que me incomoda sobremaneira é a análise cada vez
mais simplista para todos os temas possíveis na atualidade. No meio musical não
é diferente. Não estamos pagando apenas com a ausência quase que completa da
capacidade, que um dia foi normal, de interpretar textos. Pagamos, por exemplo,
com pessoas que não sabem diferenciar os verbos influenciar e copiar. E é justamente
isto que ocorre com a Greta Van Fleet. Assim como todo mundo que entra no ramo
musical (e demais áreas) é normal cultivar influências. Na minha opinião, é
excelente que os garotos mantenham vivo o legado sonoro dos dinossauros do
Classic Rock. Até porque, quando os mesmos surgiram o mercado estadunidense era
dominado pelo R&B (Beyoncé e cia ltda) e pelo Hip-Hop, que nunca deixaram
de ser moda praquelas bandas. Ter influências não é crime!
A propósito, tenho o dever de lembrar aos leitores, que o
próprio Led Zeppelin foi acusado dezenas de vezes por supostos plágios, de
diversos artistas, e, ainda assim, não deixou de ser reconhecida como uma das
maiores bandas do mundo.
Portanto, torço
para que a Greta Van Fleet continue trilhando seu caminho de modo honesto e que
o tempo traga um refino ainda maior para a promissora banda. O mundo do Rock n´Roll
agradecerá!