domingo, 1 de julho de 2012

Lock, Step e Gone - Os 20 anos do Rancid - por Gilberto da Costa Carvalho


 
Falar do Rancid é complicado. São 20 anos de história que se confudem com uma parte essencial deste que vos escreve. Todos sabem que meu fascínio por bandas punks não é de hoje, no entanto, algumas ganharam meu respeito por não se dobrar a nada. Por remar contra a corrente e seguir seu caminho com muita dignidade.

A importância do Rancid, vem das palavras de Joey Ramone num dos Lolapalloza iniciais - "O Rancid é o futuro do punk rock. Eles são os Ramones melhorados!"

Em comemoração as duas décadas a banda começou a soltar alguns presentes para os fãs do mundo todo. Um deles é o que posto aqui. Uma apresentação antológica no Japão em 2004. Ainda com a formação clássica e histórica:

Tim Armstrong - Vocais e Guitarra
Lars Frederiksen - Vocais e Guitarra
Matt Freeman - Vocais e Contrabaixo
Bret Reed - Bateria

Honestamente, é uma das maiores porradas já vista na minha vida. Um show só de clássicos! Principalmente daqueles que para mim são os maiores discos dos anos 90 do estilo: And out come the wolves - 1994 e Life won´t wait - 1996. Quando falo sobre estes dois discaços, falo de tradição. O Rancid é uma das poucas bandas que não puxaram pro lado extremamente melódico que o estilo tomou com o dito "punk californiano". Curioso é que os caras são californianos, mas foram beber da fonte: Nova Iorque! No subúrbio de Manhattan é que o estilo se mantém vivo.

Para aqueles que ainda falam da simplicidade musical das bandas punks eu afirmo que o Rancid tem dois diferenciais. Lars Frederiksen que é um excelente guitarrista e, principalmente, Matt Freeman que é um dos melhores contrabaixistas do mundo.  O que ele faz em Maxwell Murder, sexta música da apresentação, é digno de uma estátua em praça pública.

Quer uma prova? Clica aí embaixo e anima teu domingo.





Para Angelo, Vareta, Romero, Cagão, Chorão e Ravi. Viva ao Lixo Tóxico.


2 comentários:

  1. O Rancid é uma grande banda. Remete à minha adolescência. Bons tempos de rodas de pogo!

    No entanto, musicalmente é de fato medíocre como toda banda punk! Matt Freeman é apenas um bom baixista de rock, mas soa virtuosístico por despejar escalas pentatônicas na velocidade da luz. Num universo baseado em três acordes (power chords), suas firulas parecem complexas como o Caprice n.° 24 de Paganini. Balela!

    ResponderExcluir
  2. Estava eu em 1995 assistindo Beavis and Butthead na MTV, quando não mais que derrepente aparece um clipe em preto em branco com uns caras com moicano e jaquetas de couro, era "Nihilism". Pirei! Só em 1996 fui comprar o meu primeiro CD deles: "... And Out Come The Wolves". Ficava na fissura de chegar em casa após o colégio pra poder escutá-lo. Se enjoei? Há, não tem como! Quando o Lixo Tóxico começou fui bastante influenciado pelo Brett Reed, entre outros, um baterista um tanto fraco, mas que conseguia se entrosar bem com os outros da banda. Soube que foi o Matt Freemann que o ensinou a tocar... Enfim, se uma banda chega com a mesma fidelidade e qualidade há vinte anos só pode estar no lugar dos grandes.

    Grande texto, Giba! Obrigado.
    Vareta

    ResponderExcluir