Você é
daqueles que acredita não sofrer nenhuma influência da propaganda ao comprar
qualquer tipo de produto? Se a resposta for positiva, você já parou pra pensar
o que o (a) levou a adquirir determinado produto? Se, agora, sua resposta for negativa, então,
definitivamente você precisa assitir a “Mad Men”. A série retrata o dia-a-dia
de uma agência de publicidade (no início da série chamada de Sterling-Cooper),
localizada na Madison Avenue, Nova York, local que no início dos anos 1960
abrigava grande parte das agências.
A série tem
como foco o diretor de criação da agência, Don Draper (magnificamente
interpretado por Joe Ham) e sua equipe, o que não impede a série de abordar as
situações e dramas vividos em outros setores com a mesma intensidade. Mais
importante do que mostrar o cotidiano de uma agência de publicidade, a série
capta diversas mudanças sociais e morais acontecidas na década de 1960:
feminismo, drogas psicodélicas, homossexualismo, segregacionismo racial,
divórcio, entre outros temas que causaram e ainda causam polêmica.
Um dos
aspectos mais destacados da série é a reconstituição de época. O preciosismo
com os detalhes não está presente apenas na ambientação da Nova York dos anos 1960,
mas também nas atitudes dos personagens. Por exemplo, uma cena bastante comum é
ver os pais fumando na frente dos filhos, inclusive quando estão dando almoço
para eles; Os diretores e funcionários da agência consomem bebidas alcoólicas a
qualquer hora do dia. Atitudes como essas seriam impensáveis nos dias de hoje, em
que o politicamente correto impera.
Outro destaque
da série é o elenco, com atuações sempre seguras e personagens que o roteiro,
temporada após temporada, torna mais complexos e cheios de dúvidas. Como a
série se passa durante os anos 1960 espere na trilha sonora uma gama variada de
estilos musicais da época: rock n´ roll bem no seu início, blues, jazz,
R&B, gospel, Beatles e uma seleção espetacular de artistas. A junção de
todos esses elementos produziu cenas icônicas como a apresentação de Don Draper
do “carrossel” da Kodak, a campanha da agência para ganhar a conta da jaguar e
a campanha para a Lucky Strike tentando convencer o público a não abandonar a
marca, a despeito da comunidade científica começar a divulgar os males oriundos
do cigarro.
Gostaria de
dedicar pelo menos um parágrafo para falar de Joe Ham e Elisabeth Moss,
respectivamente Don Draper e Peggy Olsen. O primeiro faz um trabalho fabuloso
fazendo o inverso do convencional. Em vez de “passar emoção”, ele se revela um
grande ator ao mostrar um personagem que muito raramente demonstra a dita
“emoção”. A segunda injeta ambição e obstinação em uma personagem que ganha
destaque maior a cada temporada. Os diálogos entre eles estão entre os melhores
da série.
Um coisa é
certa! Goste ou não de Mad Men, o mundo da publicidade jamais será visto com os
mesmos olhos!
Grande Fernandão! Esta série deve ser maravilhosa!
ResponderExcluirBelo texto!
Abraço, Giba.
Grande Fernando. Belo texto#2!
ResponderExcluirUm abraço,
André
Eu sou a pessoa mais suspeita pra falar dessa série, porque sou completamente apaixonada por ela. Ela mostra o que acontece no meio das agências de Publicidade até hoje! Processos mudaram, outras mídias surgiram, mas a ideia, a criatividade, o egoísmo e, ao mesmo tempo o trabalho em equipe, fazem parte da dinâmica do meio publicitário. Além disso, figurinos, enredo, ambientação, diálogos e, principalmente, as campanhas justificam o motivos de tantos prêmios e porque a quinta temporada bateu todos os recordes de premiações em todas as edições do EMMY. Parabéns Fê, belíssimo texto!
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