Para quem realmente aprecia uma boa bebedeira entre amigos,
não existe lugar melhor que um boteco. Se o local for antigo, modesto e barato,
melhor ainda. Ao mesmo tempo em que o ambiente é envolvido pelos ares da
energia instável do álcool, percebemos uma sensação relaxante e de aconchego, considerando
o gole na cerveja, a comida rudimentar, a conversa afiada e a celebração da
amizade como o verdadeiro e o único objetivo de ali estar.
Ok. Um fuga da realidade? Talvez sim, talvez não.
Em Portugal, esses locais levam o nome de Tasca. Segundo o
dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/dlpo/), a palavra significa “estabelecimento modesto que vende bebidas e
refeições”. Por aqui encontramos tascas centenárias, muitas vezes
subterrâneas, com paredes de pedra e azuleijos, mobília rústica e comida tradicional.
Às sextas ou sábados, o primeiro local que frequento
antes de uma noite de diversão é a Tasca do Guedes. Ou simplesmente Casa
Guedes. Localizada na praça dos Poveiros, essa tasca serve o melhor sanduíche de pernil do mundo. O
estabelecimento tem apenas 4 mesas na parte de dentro, apesar de nas épocas
mais “quentes” eles oferecerem mesas ao lado de fora do bar, mesmo em frente ao
Jardim de São Lázaro.
Além da “sandes de pernil”, as especialidades do Guedes são as
papas de sarrabulho, moelas, sopa de caldo verde e os queijos e frios
regionais, tudo isso acompanhado de um bom frisante rosé, um vinho verde ou da
velha cervejinha. Porém não se incomode de não arranjar uma mesa. Provavelmente
vai acontecer. O Guedes vive cheio, muitas vezes com filas grandes para se
fazer o pedido no balcão. Mas como a idéia é começar a farra de bucho forrado, o que vale mesmo é comer no
balcão ou em pé, tomar a garrafa de vinho e sair pra noitada!
Ainda bem que existem tascas como a do Guedes!!!
ResponderExcluir